Conheça um pouco mais sobre Hipnoterapia. Assunto abordado em uma entrevista com Dra. Claudete de Morais, para o Jornal O Atlântico de Itapema SC.


1       1-    O que é Hipnoterapia?
Hipnoterapia é um método psicológico rápido e eficaz, utilizado  na remoção de traumas e na mudança de padrões comportamentais, através de programação indutiva ao nível do subconsciente e inconsciente do ser humano. Ocorrendo no período em que o mesmo se encontra no estado alterado de consciência, do transe hipnótico. Neste estado as mensagens positivas emitidas por meio da técnica, passam pelo sistema límbico, centro regulador de certas funções externas e a causa de certos comportamentos patológicos. O sistema límbico é formado por várias estruturas cerebrais, que geram respostas fisiológicas diante dos estímulos emocionais. Os quais estão relacionados com a memória, atenção, emoções, personalidade e conduta. 
   2- Para que casos estes método  se aplica?
É utilizado na remoção de traumas psicológicos, na mudança de padrões comportamentais, na ressignificação de crenças limitantes, nos transtornos de estresse pós-traumáticos, crises de ansiedade, pânico, depressão, insônia, fobias, obesidade, desvios de conduta, timidez, stress, compulsão, baixa autoestima, etc.
  3- Existe algum risco em fazer uma tratamento terapêutico que use a hipnose?
A hipnose produz um estado de relaxamento corporal, a respiração fica mais lenta e regular, o ritmo cardíaco diminui e todo corpo relaxa. Isto já representa um ganho para pessoa. Porém existem várias tipos de técnicas, a escolha da mesma deverá ser definida após o psicodiagnóstico. O desenvolvimento requer responsabilidade e experiência do profissional que a utiliza.
Autoria: Claudete de Morais – Psicóloga com formação psicanalítica – CRP 12/01167

Fonte: Jornal O Atlântico – Itapema de 26/07/2014
CADA UM EM SUA BOLHA!!!!

Na janela do tempo, fico a descortinar, cenas de um passado,
Onde, às pessoas se reuniam, em busca da alegria.
A troca se fazia com palavras, afetos e desafetos. Era olho, no olho, sorrisos, abraços, sabores e dissabores. Era um borbulhar de emoções. Era gente, falando com gente.
Hoje as pessoas se reúnem, mas os olhos não procuram mais o olhar do outro, eles estão focados na tela do celular, do tablete, do computador.
O encontro é virtual, na rede social, com o outro que está distante. Tão distante está do outro, que fisicamente perto está.
As pessoas continuam reunidas ao redor da mesa, mas na sua maioria, cada uma em sua bolha, monitorando aparelhos de mais alta tecnologia. O espaço preferido é do wifi.
No divã do consultório, as queixas são constantes:   
Quero simplesmente conversar com minha família, mas não consigo. Eles não me escutam.
Na relação conjugal, o temor da traição, cria fantasmas e distanciamentos. Sobrou o metal da maquina e a solidão.
Neste padrão comportamental, deixam de olhar para seus acertos e desacertos, mergulhando compulsivamente no virtual. Viciadas estão por este tipo de comunicação.
Muitos benefícios são oferecidos pelo aprimoramento da tecnologia. Este avalanche de informações, muito nos enriquece, porém, não podemos ficar CIBERVICIADOS.
O vício é uma ação repetitiva, uma compulsão, que leva à dependência afetiva. Ao viciado, uma sequencia de prejuízos e sofrimentos se iniciam. A dependência afetiva deste mundo idealizado o alimenta, reforçando o desejo de cada vez mais, nele permanecer.
Do mundo real afastado está; de suas obrigações também, quando as cobranças em sua porta vão bater, o desejo é não ver, é refutar. Aflora a dificuldade de lidar com o mundo real, podendo desencadear transtornos emocionais.
Estamos sendo atropelados por estas bolhas invasoras, que geram muitos conflitos. Como profissional, tenho a pontuar:
Vamos nos reunir, interagir. Redescobrir o brilho do olhar, de quem perto está e da bolha fugir. Deixar a emoção borbulhar, na escuta ficar e conversar. Fortalecer os laços afetivos, Com o sorriso, a fisionomia iluminar, olhando no olho ao falar, Juntos compartilhar alegrias. Assumir as responsabilidades de nossas escolhas e de nosso viver.
Temos que aprender a fazer o uso adequado dos avanços tecnológicos, que visam à melhoria da qualidade de vida, pois indispensáveis hoje são. Porém não podemos entrar no vicio do mundo virtual, nos distanciando do realismo de nossas vidas.

Claudete de Morais
Psicóloga. CRP12/01167