Compartilhando com os amigos o texto: Quem somos? Da minha coluna, na revista: Bem Estar.

 


É motivo de orgulho e satisfação contarmos em nossa região com a Revista Bem Estar, pela sua qualidade, refinamento, oportunizando ao leitor informações e conhecimentos significativos.





Uma reflexão maravilhosa, sobre Amigos, do grande poeta, Fernando Pessoa.

 

 
Foto: Victor Morales


"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade. Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante. Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta. Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

 

 Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos. Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

 

Não quero amigos adultos, nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice. Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.

 

Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril"

Fernando Pessoa

 

Para termos saúde física e emocional é necessário que o Sistema Nervoso Autônomo esteja funcionando bem.  Saiba como você pode contribuir para a boa regulação do mesmo.

Leia o Texto.

Foto: Victor Morales

O Grande Regulador e Integrador: como regular o Sistema Nervoso Autônomo (SNA) através da respiração

Thu, 17 de November de 2011.

 

O SNA é a parte do nosso sistema nervoso que é responsável pela regulação de nossas funções vitais e que não estão sob o comando de nossa vontade. O SNA é o nosso grande regulador interno. Uma área do cérebro chamada hipotálamo é a grande integradora de suas funções.

Ele integra o que chamamos de supersistema neuro-imuno-endócrino, constituindo uma única unidade funcional. Uma alteração em um desses sistemas certamente afetará os outros. Por exemplo, se nos sentimos permanentemente preocupados, frustrados, chateados e com problemas, acabaremos afetando nosso sistema de defesa imunológico, nosso sistema hormonal (endócrino) e nos estaremos predispostos a apresentar alguma dor, por mudanças em nosso sistema neurológico.

O SNA nos capacita a enfrentar melhor as adversidades do meio ambiente, quer sejam estressores emocionais ou perigos reais à nossa integridade física. Cada vez que o organismo se encontra sob ameaça, uma parte do SNA, chamado sistema nervoso simpático, é acionado. Ele prepara o corpo para “lutar ou fugir”. Depois que o perigo cessa, a contraparte, que se chama sistema nervoso parassimpático, entra em ação para que o organismo volte à normalidade.

Se esse sistema não for “desligado”, por estar disfuncionado, ou por sofrermos agressão contínua de estressores, o organismo apresentará disfunções hormonais, hipertensão, alterações no sono, na fome, cansaço crônico etc. Por isso, para termos saúde, é preciso que o SNA esteja funcionando adequadamente.

A acupuntura age sobre esse sistema, pois o estímulo com agulhas leva ao cérebro impulsos que regulam a função do SNA, levando o organismo ao equilíbrio.

A prática de meditação, ioga, técnicas de controle mental (filtrar os estímulos exteriores que nos afligem) e técnicas respiratórias são aprendizados úteis que ajudam também a normalização desse sistema.

Os monges e iogues estão sempre equilibrados mentalmente, passando a ideia de que nada os afeta, e isso se deve ao fato do trabalho mental dedicado à espiritualidade e também porque meditam longas horas por dia. E durante a meditação há sempre o exercício de uma respiração controlada, que é favorável à manutenção de nossa saúde.

Hoje a ciência explica os efeitos da respiração sobre o nosso sistema nervoso autônomo e comprova como as técnicas de controle mental e respiratório ensinadas há milênios são úteis na manutenção de nossa saúde mental e física.

Exemplo de respiração terapêutica: Respiração Pranayana. Tente fazer esse exercício deitado sobre suas costas.

A respiração deve ser diafragmática lenta e mais profunda. Um ciclo de inspiração mais expiração deve durar em média 10 segundos. Sendo que a inspiração dure 3 segundos e a expiração dure 7 ou mais segundos.

Deve-se inspirar até a plenitude do pulmão, observando o abdômen se expandir (experimente colocar as mãos sobre o abdômen para sentir seu movimento). E na expiração, o abdômen vai murchando, levando o dobro do tempo (experimente deixar seus lábios relaxados e entreabertos, controlando a saída do ar com sua língua encostada no céu da boca).                              

Deve-se expulsar o ar dos pulmões aos poucos, de forma a controlar a duração do tempo que o ar leva para ser expulso do pulmão.

Nesse processo de lentificar a respiração, a frequência  cardíaca também lentifica, levando ao relaxamento da mente e do corpo. Isso é usado para controlar crises de ansiedade extrema, síndrome do pânico, cefaleias tensionais etc.

Com disciplina de prática de 10 a 20 minutos diários, esse exercício funciona como uma “academia” para o nosso sistema nervoso.

Assim como vamos à academia para condicionamento físico e não sofrermos de dores no dia a dia, treinar o SNA através dessa técnica respiratória é preparar o organismo para voltar ao normal com mais rapidez e facilidade, especialmente quando for submetido ao estresse.

Portanto, precisamos urgentemente dedicar alguns minutos de nossa vida para acionarmos esse sistema fantástico de autorregulação interna. Vivendo uma vida plena, com a calma e a tranquilidade de um monge, com a mente produtiva e lúcida, enfrentando de maneira equilibrada todas as atribuições da vida moderna.

Autora: Jeanne Ming Chao, MD - CRM: 14122.

 

¨O medo e o amor estão em nosso DNA essencial, um nos separa, o outro nos une. Mas somente o autoconhecimento pode acionar o amor escondido dentro de nós.¨

 Ana Beatriz Barbosa Silva

 

Foto: Victor Morales



 

Poderão cortar todas as flores, mas não poderão deter a primavera.
Pablo Neruda.


Foto: Victor Morales.