UMBIGOS AMBULANTES

UMBIGOS AMBULANTES

A cada dia cresce o índice de “Umbigos Ambulantes”, a circularem em nosso meio, cujas posturas refletem o sentimento de poder. “Eu sou o centro, tudo gira em torno de mim”. São egocêntricos e muitas vezes tiranos.
Infelizmente este comportamento encobre uma dependência afetiva significativa, geradora de muitos sofrimentos para a própria pessoa, como também, para os que interagem com elas.
Este procedimento infantil relaciona-se a baixa tolerância ao sofrimento e frustrações. Questionamos a construção destes “Umbigos Ambulantes”. Quais são as causas?
As causas estão em parte, relacionadas com a educação. Tudo começa na infância na maneira como pais ou representantes desta função, direcionam o processo de desenvolvimento do ser.
Uma criança que tenha sido superprotegida e poupada de qualquer desafio, com o discurso que ainda é pequena, “coitadinha.” Que não tenha recebido limite, nem noções de responsabilidades, nos primeiros anos de sua vida, possivelmente não terá a estrutura emocional necessária, para enfrentar as adversidades. Certamente não saberá lidar com as frustrações, perdas e principalmente com a dor, diante das mesmas, desabará
A tendência é que estas crianças passem a serem regidas pelo instinto do prazer na busca frenética da realização de seus desejos, Observa-se através de suas condutas que já são pequenos “Umbigos Ambulantes,” demonstrando o sentimento de que tudo gira em torno do seu umbigo. Quando contrariadas, apresentam crises de birra, chiliques, atitudes agressivas. Estas crianças são egocêntricas, não tem autocontrole, denotam dificuldades em compartilhar, em se colocar no lugar do outro ou priorizar o bem estar coletivo,
Lamentavelmente existem muitos pais prisioneiros da tirania de seus próprios filhos, que se impõe direcionando a vida do grupo familiar. Cabe a eles ficarem atentos a esta armadilha, que em nome do amor, montamos para nós mesmos, sem termos a consciência de seus reais danos.
É imprescindível ensinar à criança a lidar com suas frustrações, medos, perdas, levando-as ao entendimento que estes momentos podem se tornar de grande aprendizado para a sua vida, usando sempre o diálogo, permeado de muito amor. Se seu filho chorar de frustração, deixe-o chorar, se necessário for, chore junto! Tornem-se parceiros neste momento de dor, para serem parceiros na alegria, nos desafios e nas vitórias.
Autoria: Claudete de Morais
Psicóloga- CRP 12-01167

4 comentários:

bianca disse...

adorei esse texto... reflete bem a realidade . muito bom :)

Anônimo disse...

todos temos que ter limites ....

Anônimo disse...

muito bom ... :)

Anônimo disse...

que lindo, me transmitiu serenidade e paz.