Você já sentiu medo de Falar em Público? Este sentimento já o prejudicou?


Caso tenha sentido medo, você não é o primeiro, pois é alto o índice de pessoas com este Transtorno de Ansiedade Social (TAS), também denominado como Fobia Social, (FS). É considerado o terceiro problema de saúde mental mais frequente, atrás da depressão e do abuso de álcool (Furmak, 2002). É altamente limitante, provocando intenso sofrimento e rebaixamento da autoestima, levando fóbicos sociais a desistência de seus cursos acadêmicos e projetos, profissionais.
Ao longo da minha vida profissional, pude constatar a angustia de muitos universitários que apresentavam (FS). Aflorou então, o desejo de pesquisar sobre o tema e de buscar intervenção terapêutica com resultados mais eficazes e de curta duração, partindo dessa premissa elegi esta temática, para a pesquisa de minha tese de doutorado.
A (FS) é caracterizada pelo medo excessivo e recorrente, diante de situações sociais ou de desempenho. O fóbico social teme que os outros possam julgá-lo como inadequado, esquisito, ou diferente. As situações mais temidas são: falar em público, iniciar e manter conversas com pessoas desconhecidas, etc.
Apresentam com frequência sintomas somáticos, tais como: taquicardia, palpitações, tremor na voz ou mãos, ruborização, sudorese, tensão muscular, mal-estar gástrico, náuseas, urgência em urinar, boca seca, calafrios, cefaleias, dificuldade para respirar e dor no peito. Dificuldades de expressão do pensamento, no uso das palavras corretas. O elevado grau de ansiedade e suas crenças negativas limitam suas atuações em ambientes sociais. Apresentam posturas rígidas, evitam as situações temidas e buscam o isolamento. 
Os estudos pontuam os desencadeadores da Fobia Social, como decorrente de uma somatória de aspectos: genéticos, neurobiológicos, cognitivos, comportamentais, ligados a interações sociais e eventos traumáticos, tais como: bullying e outras humilhações sofridas, portanto são inúmeras as causas que podem suscitar este quadro e devem ser identificadas.
O que perturba o ser humano não são os fatos, mas a interpretação que ele faz destes (Epitecto , século I). 

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