O Preço do "Bonzinho"


Deixar aflorar o que está prestes a explodir,
Deixar borbulhar, como se fossem bolhas de sabão,
Que encantam, fascinam e ficam a bailar no ar, de uma forma leve e solta.
Quebrar a esfinge que encobre os verdadeiros sentimentos.
Máscara moldada pelos desejos do grande outro.
Molde que sufoca os reais desejos em beneficio deste outro.
Quebrar, raspar, esta massa que se mistura com o meu “eu;”
Enfim, deixar florir este ser, que está adormecido, encolhido, por ser “Bonzinho”.
O “Bonzinho” tem dificuldade de dizer ”não”, tem receios de desapontar as pessoas.
O “Bonzinho” acolhe, é prestativo, corresponde ao nível de expectativa do outro.
O “Bonzinho” vive a dizer sim para o outro e, “Não” para ele mesmo.
Muitas vezes serve de tapete para o outro pisar, pois o “Bonzinho” não pode sentir raiva e nem rebelar-se.
Neste processo de auto-agressão e destruição, iludi-se com o ganho secundário, de ser apenas “Bonzinho”.
Acredita que por ser “Bonzinho” também é amado, mas que espécie de amor é este? Que mutila, transformando-o em robô dos desejos do outro.
Que preço alto, paga o “Bonzinho”.
Deixar de ser “Bonzinho” implica em mergulhar no mar de nossas paixões.
Deixar a correnteza seguir o seu rumo, sem reprimi-la, encantando-se com ela.
Ir ao encontro de si mesmo.
Ouvir a si próprio, sentir suas reais emoções, efetuar leituras do que esta acontecendo com você, fazer suas escolhas, sem preocupar-se se vai frustrar alguém, priorizando-se. Deixar de ser “Bonzinho” pode representar, a conquista do respeito por si mesmo. Deixar de ser “Bonzinho” significa, romper com as amarras e, ser apenas você mesmo.

Autoria, produção e publicação: Claudete de Morais
Psicóloga com formação Psicanalítica
CRP/12/01167

Engenheiros dos Sonhos


Olhos assustados, passos apressados, músculos tensos, respiração ofegante.
É o medo estampado nas faces de milhões de brasileiros, presente nas ruas e em inúmeros lares.
É o homem com medo do homem, que muitas vezes é apenas um projeto de homem. Com imagem franzina de criança ou de adolescente, já traz em seu olhar as marcas da violência.
Violência que gera mais violência e na ciranda da vida buscam se fortalecer, formando gangues, quadrilhas e por fim o crime organizado se instala.
Quadro deplorável, porém verdadeiro. Como construímos esta sociedade doente? Como modificar este cenário?
Combatendo a passividade e a acomodação, sendo o autor de nossa história. Tendo a coragem de gritar, plantar a semente do respeito e da cidadania. Fazer a nossa parte, assumindo a responsabilidade de nossas escolhas, para este quadro alterar.
Aos pais que vivem o drama, de terem filhos mergulhados no mundo das drogas, que aceitem o desafio, na busca da libertação dos mesmos.
É no diálogo, na escuta, tentando inserir-se no mundo do adolescente, é que nos tornaremos parceiros, no combate ao inimigo.
São inúmeros os conflitos que podem eclodir na adolescência, levando-os a comportamentos auto-destrutivos, expondo-os a situações perigosas. O uso das drogas podem ser tanto causa, como conseqüência destes transtornos.
É no enfrentamento que quebramos o medo e nos fortalecemos. Para podermos desencaixotar nossas verdadeiras emoções, nos despir de nossas vaidades, diluir padrões idealizados e aceitar nossa realidade.
Com um olhar cuidadoso, amoroso, pontuando os limites, reforçando os vínculos afetivos, dando suporte a este adolescente, para que possa vislumbrar um novo caminho.
O planeta clama por paz e preservação, necessita de engenheiros dos sonhos, que sonhem e construam um mundo mais sadio, mais humano, onde as pessoas possam viver em paz e mais felizes.
Autoria, produção e publicação: Claudete de Morais
Psicóloga com formação Psicanalítica
CRP/12/01167

O Caramujo Humano


Estamos sempre preocupados com o outro, em busca do outro, desejando o outro, mas quem é este outro?
O outro é o nosso grande espelho, que nos aplaude diante de nossas vitórias, retratando o nosso potencial. Reflete também ás vezes, a imagem que não aprovamos e então negamos nossas limitações, dores, frustrações e projetamos neste outro, grande parte de nossos problemas.
Ao negarmos nossos sentimentos de medo, raiva, tristeza; sufocamos também, as demais emoções, como: alegria, amor, etc. Nossa sensibilidade fica congelada, deixamos que a racionalização, seja o piloto de nossas vidas.
O outro passa a atuar como espelho de nossos sentimentos e contradições. Da parte que não gostamos, mas que é nossa, como não a suportamos e não admitimos a sua existência, colocamos neste alguém.
Quanto mais cresce nosso incomodo em relação ao que foi projetado, mais o criticamos e o denunciamos. Ele torna-se o nosso perseguidor, para nos defendermos do mesmo, construímos couraças e, nos escondemos dentro delas.
Efetuando uma metáfora entre o homem e o caramujo, assinalo pontos comuns e divergentes. Ambos utilizam couraças para se protegerem e as carregam como fardos necessários para sua sobrevivência.
Pontos divergentes, muitas vezes os caramujos não são vistos, mas sabemos que estão encolhidos em suas casas. O homem expõe a sua imagem, só que não sabemos se esta é a imagem real, ou a idealizada. O caramujo pode sair de sua casa, no momento que desejar. O homem quanto maior o medo, mais reforçará a armadura, aumentando a dificuldade em sair, tornando-se prisioneiro de sua própria defesa.
Este outro, agora tem nome, chama-se MEDO. O medo é construído por suas fantasias, inseguranças e o desconhecimento de si mesmo. O inimigo não está fora, não é o Outro, o inimigo está dentro de si mesmo. Ele está atado ao inimigo, ele está amarrado ao próprio medo.
O medo às vezes está mascarado e, representado em outros comportamentos. O medo maior do ser humano é: de perda, abandono, desqualificação, não ser amado e, da morte.
Como vencer este inimigo?
Fazendo o enfrentamento do medo, sempre que necessário, mesmo que seja difícil. É na interação entre nossas potencialidades e limitações. É no confronto dos contrastes, ora espontâneos, naturais, em outros momentos, utilizando posturas mascaradas, no intuito de nos sentirmos mais seguros.
É neste processo gradual de ir e vir, na busca de desatarmos os nós, que quebraremos as sufocantes couraças. Aflorando a liberdade, o respeito por si mesmo.
Nesta metamorfose do auto-conhecimento, mergulhamos no mar de nossas emoções, na busca da ostra, cuja pérola, representa nossa sabedoria.
A sabedoria não se obtém com a soma dos conhecimentos, mas sim, com um novo olhar para tudo aquilo que não é desconhecido, mas é percebido diferente, dando novas dimensões, novos sabores, aflorando as potências adormecidas. Assim começamos a ficar maravilhados com nós mesmos. O florescer do nosso potencial natural passa a ser intensificado, a borbulhar e, então compreendemos que o nosso brilho não era reflexo de um simples zircone, mas sim, de um Diamante verdadeiro.
Autoria, produção e publicação: Claudete de Morais
Psicóloga com formação Psicanalítica
CRP/12/01167

Mal-Estar Social

Rostos suados, nas faces estampado o cansaço, frustração, o desencanto. É uma massa humana que se movimenta apressadamente pelas ruas. São corpos que se cruzam, mas não trocam olhares, mais parecem robôs. Buzinas estridentes, tiros perdidos, pivetes que assaltam.
Este quadro faz parte do nosso cotidiano, estamos acostumados a essa explosão cada vez mais forte da agressividade, da violência e da criminalidade. Os noticiários registram o aumenta do trafego de drogas, dos seqüestros, dos bebês abandonados nos latões de lixo. Noticiam o desamor, o desrespeito e nós continuamos sentados em frente a tv, às vezes trocamos de canal para em seguida misturarmos o sangue com a saborosa receita de quitutes.
O prazer com a violência, à violência como espetáculo, os pequenos ou grandes massacres viram rotina, eis o estado que chegou o aviltamento da vida coletiva humana.
A agressividade que permeia as relações humanas é o sintoma de mal-estar, de uma sociedade doente. O alastramento desse mal estar é detectado nos altos índices dos casos de depressão e de doenças psicossomáticas. A cada dia que passa, o ser humano está mais solitário, doente e infeliz.
Pesquisas científicas demonstram uma tendência mundial da atual geração infantil, de ser mais sujeita às perturbações emocionais do que as gerações anteriores; mais agressivas, rebeldes e depressivas.
A paternidade muitas vezes é exercida sob fortes tensões, pressões de ordem econômica e, neste emaranhado, perde a dimensão dessa função e de sua importância no processo de desenvolvimento da criança. Como também, da necessidade de estabelecer com este ser, um vínculo amoroso, cimentado com muito carinho e trocas afetivas. A ausência ou a fragilidade deste vínculo, transforma este ser em uma criança insegura, triste e agressiva.
Tudo isto nos remete a um questionamento: O que buscamos? O que entendemos por qualidade de vida? Quais os valores que norteiam nossas vidas?
Para vencermos os sintomas da doença social, temos que adotar uma nova maneira de interagirmos nesta sociedade. A construção das nossas relações está vinculada aos nossos modelos internalizados, a nossa visão de mundo, de homem e, principalmente, com a nossa capacidade de amar, de sentir prazer e alegria.
Para termos uma sociedade mais equilibrada e saudável, temos que aprender a lidar com nossas emoções. A quebrar a couraça da hostilidade, da frieza e nos depararmos como nosso próprio medo. Medo de sermos sensíveis, amáveis, solidários, medo de amar, como também, avaliarmos o que produz uma melhor qualidade de vida e investirmos num tipo de relação que desejamos para nós e para os que nos cercam.
Autoria, produção e publicação: Claudete de Morais
Psicóloga com formação Psicanalítica
CRP/12/01167

Desempenho Escolar: Espelhos e Retratos de Crianças


Boletins escolares transformam-se em espelhos que retratam o mundo interior das crianças. Sua influência pode ser determinante na crença do aluno em seu próprio potencial. Ele poderá impulsionar o aprendiz ao sucesso, como também, ter um efeito destruidor.
Milhares de crianças buscam em seus espelhos (boletim escolar) reconhecimento e valorização, outros tremem de medo de verem espelhada a confirmação de suas dificuldades, reforçando a crença de sua incompetência e desqualificação. Estes sentimentos serão fortalecidos pelas respostas que virão do grupo familiar e escolar, através de aplausos, brigas ou da mais fria indiferença.
Questiona-se, o que leva a criança a ter problema sem seu desempenho escolar?
Inúmeros são os fatores apontados, porém creio que o maior peso concentra-se na: afetividade, auto-estima e auto-imagem. A aprendizagem passa pela afetividade. O afeto é motor que levará a criança a desejar desvendar o desconhecido, fomentando a sede do saber, consolidando a crença em seu potencial natural, elevando sua auto-estima. A ausência da afetividade, da motivação, da crença em seu potencial, poderá ser o desencadeante do fracasso escolar.
Ao longo de minha trajetória profissional, me deparei com uma multiplicidade de aspectos, intervindo nas percepções e avaliações que os alunos explicitavam de si mesmos, dos professores e dos pais, em relação ao desempenho escolar.
Constatei que muitas destas avaliações eram permeadas de dúvidas quanto ao próprio potencial, repassada em frases como: “nunca conseguirei aprender, sou burro, não dou para os estudos, vou desistir”. A fala dos alunos era permeada também, de incertezas, quanto ao fato de serem aceitos, amados e compreendidos, gerando insegurança, encolhimento, ou agressividade. Essas angústias transformam-se em inibidores dos seus sentimentos
As dificuldades não estavam presentes apenas nas crianças, mas também, traduziam as amarras de alguns professores. Que eram seguidamente camufladas através de programas rígidos, de posturas autoritárias. A avaliação escolar era em determinados momentos, um instrumento castrador do brilho e da criatividade dos alunos.
Observei que o distanciamento, às vezes existente entre pais e filhos, era fruto da incapacidade em quebrarem as barreiras construídas pelo o medo, pelas fantasias e, por frustrações vivenciadas. Romper com a inibição expressando com simplicidade seus medos. Medo do fracasso, de não serem competentes, de não atenderem as expectativas dos pais. Este é o grande desafio.
É falando de nossos medos, que faremos o enfrentamento dos mesmos, diluindo-os. Tendo a compreensão de que os erros e as frustrações, podem nos levar ao crescimento, pois instigará o nosso desejo de superação, robustecendo nossa capacidade de aceitar os desafios. Processo este que só será possível através do diálogo,da troca e do respeito pelo ritmo de cada um. Sugiro aos pais, que fiquem atentos a estes espelhos, não com uma postura de cobranças, mas sim de diálago, buscando a compreensão, fazendo as leituras de que estes retratos estão a expressar. Permitindo-se também a falarem sobre seus medos, para encorajarem os seus filhos a verbalizarem os seus, utilizando à linguagem do coração sendo esta a fala do entendimento e da aproximação.
*Artigo inspirado em fatos reais*
Autoria, produção e publicação: Claudete de Morais
Psicóloga com formação Psicanalítica
CRP/12/01167

Inteligência Emocional: Você Usa?

Muitas vezes mergulhamos no mar de nossas emoções, nos deixamos arrebatar pelas ondas de nossa ira, ou somos levados às profundezas de nossas tristezas. Naufragamos em nossos medos, permitindo que eles sejam os inibidores do nosso potencial natural, um limitador de nosso crescimento pessoal, um entrave em nossas vidas.
Para nos defendermos do medo, desenvolvemos couraças, aprisionando nossas emoções. Com isto a racionalização toma conta, passamos a negar a dor, mas também negamos a alegria, o prazer e o amor. Quando as emoções são sufocadas geram isolamento e frieza, quando escapam ao nosso controle, tornam-se patológicas.
A dificuldade de lidarmos com nossas emoções e de efetuarmos uma leitura do que está ocorrendo a nível emocional e físico, nos impossibilita de sermos o piloto de nossa vida. Ficamos a mercê de nossos sentimentos e agimos muitas vezes sob o impacto de nossas emoções, portanto muitas de nossas decisões não são escolhas livres, mas respostas a impulsos e compulsões. O controle das nossas emoções é o fator primordial para o desenvolvimento da inteligência emocional do indivíduo.
O auto-conhecimento é importante para aprendermos a administrar as nossas emoções. A pessoa que tem consciência dos seus sentimentos e os administram, se torna autônoma e consciente de seus próprios limites, goza de boa saúde psicológica e tende a ter uma perspectiva positiva da vida.
A capacidade de administrar as emoções, de criar motivações, para si próprio, de persistir em um objetivo, apesar dos percalços é determinante, para a alcançarmos o sucesso pessoal e profissional.
Saber superar as frustrações, impedindo que a ansiedade, a raiva, os desapontamentos, interfiram na capacidade de raciocinar; de ser empático e auto-confiante, a esse conjunto de habilidades, denominamos de Inteligência Emocional.
O sucesso ou o fracasso do indivíduo está relacionado com seu QI ( coeficiente intelectual)? Culturalmente é repassado este conceito e os privilégios aos bem dotados intelectualmente, porém na ciranda da vida, nos deparamos com fatos que demonstram outra realidade. Na verdade o sucesso do indivíduo depende do QE (Coeficiente Emocional).
As pessoas com prática emocional bem desenvolvida, possuem mais probabilidade de se sentirem satisfeitas e de serem eficientes em suas vidas, dominando os hábitos mentais que fomentam sua criatividade, sua produtividade.
Saber lidar com suas emoções é uma questão de competência e isso só depende de VOCÊ.


Autoria, produção e publicação: Claudete de Morais
Psicóloga com formação Psicanalítica
CRP/12/01167

O "Capeta"


Ao longo de minha vida profissional vivenciei muitas situações que me levaram à profundas reflexões e, a confirmações de determinadas teorias do comportamento humano.
Farei um breve relato do caso de um menino de nove anos, a quem darei o nome de Pedro. A família de Pedro procurou-me com a seguinte queixa: è impossível conviver com este menino, ele é agressivo, irrequieto, destrói tudo, tem prazer em nos fazer sofrer, não dá para os estudos, foi expulso de duas escolas, é um “capeta”. As queixas das professoras reforçavam o que a mãe afirmara. Após alguns momentos de conversa com Pedro descobri que ele gostava de desenhar. Pedi-lhe que desenhasse o que sentia, alegremente apresentou-me a folha, na qual havia desenhado o “capeta”. Perguntei:
O que você desenhou?
Não estas vendo? Sou eu, o “Capeta”. Porque você acha que é o capeta?
Todos dizem que eu sou um “capeta”, minha família, os professores, os meninos da escola, todos.
Você concorda com eles?
Sim, pois sou malvado, brigo, quebro vidros e telhados, mordo as pessoas, sorrindo afirmou: “Eu sou um capeta”.
Você gosta de ser capeta? Baixou a cabeça e com expressão de tristeza no rosto confessou:
Não, porque as pessoas não gostam de mim, elas só brigam comigo, os meninos fogem de mim.
Você gostaria de mudar?
- Dá para mudar? Quem nasce capeta, não morre capeta?
Pedro estava comportando-se de acordo com o nível de expectativa das pessoas que o cercavam, passou a acreditar neste discurso, incorporando-o, respondendo de acordo com a sua própria crença.
Nossas crenças representam o motor para o sucesso da nossa vida, ou o entrave, fator limitante do nosso potencial natural, que podem nos levar ao sofrimento.
Imaginem uma criança muito desqualificada, sendo rotulada de “capeta”, acreditando não ser amada; construirá sua auto-imagem baseada nessas experiências e irá conduzir sua vida apoiada nesse referencial.
Ao longo de nossa história, construímos nossas crenças baseados no nível de gratificações e de frustrações que vivenciamos. Neste processo edificamos nossa auto-imagem, respaldados nas sensações, percepções e experiências registradas.
As nossas crenças estão permeadas do discurso do “Grande Outro”,que na verdade são, os valores culturais, conceitos, normas e mensagens emitidas pelas pessoas com as quais interagimos. Ao mesmo tempo, aprendemos a perceber, quais são as expectativas do meio a nosso respeito. Descobrimos como devemos pensar, reagir e construímos também uma auto-imagem idealizada. Toda vez que conseguimos corresponder a ela, nossa auto-estima aumenta e, quando não conseguimos, ela é rebaixada.
A auto-estima idealizada é própria da pessoa imatura, infantil, preocupada com a opinião dos outros. Precisamos estar atentos as nossas crenças. Ás vezes torna-se necessário mudarmos as crenças, avaliar quais são os modelos que nós incorporamos e, descobrir o que realmente desejamos. O que é nosso e, o que é do outro, caso contrário, vamos viver para corresponder ao desejo do outro e não ao nosso.
A baixa auto-estima vem do sentimento de: inadequação, culpa, medo, rejeição, induzindo o indivíduo a escolhas de comportamentos que confirmem o tempo todo essa imagem. Buscamos o que acreditamos que merecemos.
Questionamos quantas crianças que cresceram e crescem acreditando serem “capetas”, possivelmente, muitas engrossam as gangues dos marginalizados, que fomentam a onda de violência e de criminalidade em nossa sociedade. Cabe a nós olhar com mais cuidado e carinho esta questão e interferir sempre que possível nestes “rótulos, que podem determinar uma vida de sofrimentos e destruição.”
Autoria, produção e publicação: Claudete de Morais
Psicóloga com formação Psicanalítica
CRP/12/01167