E os Danos Emocionais?



A tragédia que assolou o nosso estado tem sido o foco dos noticiários e debates, ressaltando os danos materiais. Questionamos e os danos emocionais, como avaliar?
Os sentimentos de luto e de ameaça estão presentes na população e poderão ser os desencadeadores de sérios Transtornos Emocionais.
Lidar com perdas, lutos, é muito assustador, é quando nos deparamos com nosso sentimento de impotência, com nossa fragilidade. Quando nos defrontamos com o irreversível e diante dele temos que nos curvar. O desejo de gritar e negar o que está acontecendo é imperioso, o medo domina, porém a realidade aterrorizante se impõe. A capacidade de enfrentamento a estes episódios, dependerá da estrutura emocional de cada um.
Depoimento de uma vitima desta tragédia que teve sua casa soterrada: “Quando durmo tenho pesadelos e neles revivo tudo que sofri isto mais parece um filme de terror que não termina nunca.”.
Este comentário retrata: dor, medo, pavor. Se estes sentimentos persistirem por mais de um mês, estará se estruturando um Quadro de Stress Pós-Traumático. Os sintomas característicos incluem uma revivência persistente do evento traumático.
Sintomas persistentes de excitabilidade aumentada como: dificuldade em conciliar ou manter o sono. Irritabilidade ou surtos de raiva. Dificuldade em concentrar-se. Hipervigilância, respostas de sobressalto exagerada.
Os que estão vivenciando uma situação traumática pela primeira vez, se surpreendem com suas reações. Podem conviver com o fantasma do medo, da dor, por muito tempo, como também são capazes de se superarem, no desejo da reconstrução.
A força da solidariedade, este encontro de pessoas que se unem ligadas por um sentimento maior, que é de amor representará o despertar da chama da esperança. O que contribuirá significativamente para esta reconstrução, tanto a nível material quanto emocional.
O sofrimento nos leva às mudanças. Se efetuarmos um aprendizado desta dor, ao elaborarmos o nosso luto, processaremos um crescimento pessoal.
Lamentavelmente há pessoas que não conseguem superar estas perdas, que resistem ás mudanças, apegadas aos antigos modelos, angustiadas sofrem muito. São pessoas com tendências a desenvolverem transtornos emocionais e doenças psicossomáticas.

Fonte : Artigo puplicado no Jornal Página 3 no dia 13/12/2008

Autoria, produção e publicação: Claudete de Morais
Psicóloga com formação Psicanalítica
CRP/12/01167


Balneário Camboriú


Caminhar sobre a areia quente que acolhe o mar.
Sentir o prazer e se deleitar.
Fitar a linha prateada do horizonte,
Entre o céu e o mar.
No mar,
Milhares de gotinhas de diamantes estão a brilhar.

Nas águas do mar, que ora são azuis,
Ora prata, brilham a espelhar,
O sol garboso, a beijar,
A namorar as rendinhas do mar.

Apreciar as rendinhas brancas,
Que brincam nas ondas do mar,
Rendinhas que dançam e correm,
Para os meus pés beijar.

No mar, soberana está à ilha das Cabras,
Linda a reinar.
Na encosta do mar exuberante está,
A mata atlântica a embelezar.

A espalhar no ar,
O cheiro gostoso da terra, do mato, a perfumar.
No verde mergulhar, com ele se encantar,
Os troncos das árvores, abraçar.
No abraço sonhar, brincar, voar.

Com a mãe natureza comungar.
Apaixonados pela natureza ficar,
Com a natureza relaxar.
Com a natureza se revigorar.

Espetáculo de poesia e beleza;
Que a natureza está a ofertar.
Muitos passam e não vêem,
Outros passam e deslumbrados ficam.

Na ponta da Barra Sul,
Altivo está,
O Teleférico a nos convidar,
Para passear no ar.

Pendurados em um fio no ar,
Entre as árvores da Mata Atlântica,
Vamos descortinar;
Belezas mil...

Praias... de Laranjeiras, Taquaras,
Estaleiro e outras tantas.
Ao retornarmos, seguimos pela Interpraias.
De exuberante vegetação, a nos fascinar.

Na ponta da Barra Norte,
Lá estão os decks,
Românticos a encantar,
Convidando os enamorados a amar.

Contrastando com o agreste da mata,
Próximo à areia do mar,
Estruturas gigantescas, de ferro e cimento;
Crescem na vertical, no céu azul a rasgar.

Na exuberância de suas formas,
Com as mais diversas aberturas;
Para abrigar a todos,
Que perto do mar querem ficar.

Em meio a tanta beleza,
Poesia, ferro e cimento;
Pela a orla de Balneário Camboriú,
Continuamos o nosso caminhar.

Cidade de relevantes contrastes,
De área geográfica reduzida.
Com estrutura de cidade grande,
Oferece beleza, lazer, magia, conforto a encantar.

Em destaque a gastronomia,
Que provoca euforia.
O comércio que muito fascina,
Podendo a todos os bolsos agradar.

No alto do Morro da Cruz,
O Cristo Luz.
De braços abertos a esperar.
Os que vêem nos visitar.

Assim continuamos o nosso caminhar.
Ora nas areias do mar,
Ora nas estradas da vida.
A observar e a vibrar.
Diante do milagre da vida,
Deixamos à emoção borbulhar.

Autoria, produção e publicação: Claudete de Morais
Psicóloga com formação Psicanalítica
CRP/12/01167